terça-feira, 1 de julho de 2014

Planejamento Ensino Médio - Oficina com Magistério



PLANO DE ENSINO


Tema Principal: Curitibanos

Título: A Pintura nas aulas de arte.  “O ato de pintar como ato investigativo de produzir imagens”.

Conteúdos:
·         História da arte;
·         Arte Moderna
·         Abstracionismo;
·         Piet Mondrian;
·         Wassily Kandinsky;
·         Pintura;
·         Elementos da linguagem visual;
·         Cor e a música no processo criativo;
·         Paisagens de Curitibanos


Objetivos

Objetivo Geral:
Explorar as múltiplas e complexas dimensões que envolvem o ato de pintar desde a Educação Infantil aos anos iniciais, e as importantes concepções as quais o professor orienta e aproxima os saberes e fazeres envolvidos na educação nas aulas de arte, visando ainda à compreensão da linguagem da pintura e estabelecendo relações que a criança tem com a cor e a pintura no contexto educacional.

Objetivos Específicos:
·         Apresentar o alunos (as) o conceito de abstracionismo;
·         Conhecer biografia dos artistas Mondrian e Kandinsky;
·         Compreender o que foi o modernismo e qual a sua relação com o abstracionismo;
·         Construir junto com os alunos o conceito de como trabalhar a cor e a pintura nas aulas de arte;
·         Discutir a postura de ser um professor de arte;
·         Propiciar a valorização dos conteúdos de arte e a contextualização histórica a partir de estudos de imagens e textos;
·         Desenvolver reflexões a cerca da importância da cor na obra de arte;
·         Experienciar o fazer artístico a partir da linguagem da pintura em exercícios de abstração;
·         Identificar cores, formas e os elementos da linguagem visual nas produções de Mondrian e Kandinsky a partir de exercícios de leitura e análise de imagens;
·         Compreender a relação das cores, formas e da música no processo criativo de Kandinsky;
·         Proporcionar aos alunos (as) vivências significativas em arte, para que cada um possa realizar produções individuais e coletivas;
·         Experiênciar o fazer artístico a partir da linguagem da pintura em exercícios de abstração;
·         Fazer leituras de imagem explorando a forma como o artista utilizou os elementos da linguagem visual (cores, linhas e formas).
·         Fazer leituras de imagem explorando a forma como o artista utilizou os elementos da linguagem visual (cores, linhas e formas).
·         Realizar com os alunos (as) a produção de um portfólio para possibilitar a percepção e evolução dos exercícios realizados.

 Recursos Metodológicos:

Para realização das atividades propostas, será utilizado como recursos: aparelho de multimídia, notebook, texto impresso, Papéis A4 e A3 de diversas cores, tinta guache nas diversas cores, pincéis para pintura, aparelho de som com pen drive, revistas, jornais, fita adesiva, tesoura, cola e papel Kraft.

Estratégias de Ensino:
A história do Abstracionismo e uma breve biografia dos artistas Mondrian e Kandinsky serão apresentadas em Power Point, no aparelho de multimídia. Explicar o que foi o período modernista e qual sua relação com o abstracionismo, quando surgiu, porque os artistas trabalhavam daquela maneira e porque eles faziam parte deste período da história da arte. Estabelecer relações da importância da história da arte, nas aulas de arte, com seu processo e evolução.
            Através do alfabeto visual mostrar os elementos da linguagem visual, fazendo relações com as obras dos artistas. Com um texto impresso sobre o conceito de pintura realizar discussões de como ela deve acontecer nas aulas de artes com crianças de 06 (seis) a 09 (nove) anos.
            Será realizada ainda leitura de imagem a partir da produção dos artistas, através de questionamentos a cerca do que eles vêem nas obras. Realizar atividades de escrita, onde eles (as) deverão responder as seguintes perguntas: O que eu vejo, o que eu sinto e o que isso me lembra? Será realizada uma prática artística segundo análise de duas obras de Mondrian.
Para iniciar a atividade de releitura realizar discussões de como é realizar uma releitura, o quão importante é explicar aos alunos o que é uma releitura, e que fazer uma releitura da obra do artista não é realizar uma cópia, mas de realizar um trabalho a partir da obra do artista trabalhado. Após  tal discussões utilizar duas obras figurativas do início da carreira de Kandinky e realizar a releitura estabelecendo relações com as paisagens de Curitibanos e a obra do artista.
Será realizada uma atividade de sensibilização através de diversos sons e cores, relacionando-as com o artista Kandinsky. Também será realizada atividade com várias imagens coloridas de revistas para entendimento a cerca da importância das cores na pintura em exercícios de experimentação das cores.

Avaliação:
A avaliação acontecerá a partir da intervenção das acadêmicas-professoras realizada ao longo de 10h/aula. Será utilizado como instrumento de avaliação, o percurso realizado pelos alunos (as), a participação e a realização das atividades. Serão realizados exercícios para que compreendam que a avaliação nas aulas de artes deve ser um processo contínuo de construção ao longo do percurso e não podendo ser avaliado somente o produto final, mas o todo o processo.

Carga Horária:
10 horas/aula
Período matutino e vespertino

Descrição e Organização da Oficina:
            No período matutino:
No primeiro momento as acadêmicas-professoras se apresentaram e em seguida os alunos (as). Para dar início a oficina será necessária à apresentação do tema. Será feita a apresentação em Power point com a história do abstracionismo e a relação dos artistas, como também uma breve explanação das biografias. Também a relação que Kandinsky tinha com a música e a pintura. Explicar a eles que o abstracionismo é um movimento modernista, e que a arte moderna nasceu de uma ruptura de poéticas opostas e complementares da arte clássica e romântica, sugerindo ao artista de seguir a realidade, libertando as suas percepções de quaisquer preconceitos ou convencionalismo. A arte dita moderna aparece dentro da historia da arte como uma contestação a arte acadêmica, e orientações realistas recusando os hábitos de ateliê, de dispor e iluminar os modelos, dando um total desinteresse pelo objeto e preferência pela paisagem e natureza morta.  
Serão distribuídas obras impressas dos artistas onde serão feitos alguns questionamentos: O que eu vejo, o que eu sinto, o que isso me lembra? Sendo assim eles poderão fazer comparações entre uma imagem e outra. Apresentar o alfabeto visual para relembrar os elementos da linguagem visual.
Para iniciar a primeira prática artística, serão distribuídas aos alunos (as) folhas com uma grade formada pelo cruzamento de linhas negritadas para que os mesmos façam uma experiência de composição de cores e formas, vivenciando o trabalho de Mondrian.
Através da organização de grupos de no máximo cinco alunos (a), será distribuída partes do texto sobre a pintura nas aulas de arte para que seja feita leitura e discussões e após a socialização com todos os grupos.
Na sequência cada acadêmica irá falar sobre as experiências vivenciadas nos estágios anteriores, mostrar o que deu certo e o que não deu, de como foram às experiências desde a educação infantil até os anos finais, mostrar os trabalhos e/ou as fotos.

No Período Vespertino:
Iniciar com conversa a respeito das aulas de arte, da postura do professor de arte, dos conteúdos a ser trabalhado, da importância de se trabalhar a história da arte, como realizar a leitura de imagens e a importância de realizá-la com as crianças desde a educação infantil até os anos finais. Falar do trabalho com a cor, de como deixar a criança pintar e explorar os diversos recursos utilizados durante um exercício de pintura, de elas mesmas escolherem as cores na hora de pintar, realizar suas próprias misturas, e a importância da orientação do professor. Na sequência será realizada uma atividade com diversos tipos de música, ritmos e velocidades, será distribuído aos alunos (as) bandejas com algumas tintas, pincel e uma folha de papel A3 na qual eles ao ouvirem a música terão que utilizar somente a cor e através de pinceladas que represente a intensidade, a velocidade, o ritmo, porém sem utilizar nenhum tipo de símbolo, figura ou desenho, apenas pinceladas. Sendo assim os alunos (as) poderão experimentar as possibilidades da cor que serão pintadas nas folhas distribuídas e com as cores escolhidas.
Neste momento será realizado um exercício de experimentação e sensações com a cor a pintura e a música, a qual para Kandinsky era de suma importância. Será distribuída uma folha de papel A4, um pincel e um pote de tinta com uma única cor, os alunos (as) serão vendados, onde ao som de uma música instrumental eles deverão pintar somente elementos da linguagem visual. No decorrer da atividade as acadêmicas irão trocar as cores sem que eles percebam. Ao final eles (as) deverão registrar através de escrita o que sentiram durante a realização de tal exercício proposto, o qual será anexado ao portfólio.
Neste momento serão abordados quais conceitos traz a Proposta Curricular, os PCNS de arte e a Bússola, sobre as aulas de arte na Educação Básica, também será discutido sobre a importância e quais instrumentos deverão ser utilizados na avaliação das aulas de arte, e de como o professor pode avaliar seus alunos.
Após distribuir 01 folha de papel A4, um pedaço de papel em branco com um buraco feito no meio, (círculos, quadrados e triângulos), e imagens de revistas que tenham cores expressivas e em contrastes: Cada aluno (a) deverá passar o papel com o buraco em cima da imagem e selecionar uma parte que seja significativa, que lhe desperte algum interesse. Então deverá fazer um zoom na imagem, ampliando-a em tamanho A4, podendo utilizar apenas a tinta, pois assim poderão experienciar o trabalho com a cor.
 Propor aos alunos (as) uma atividade de escrita (poesia abstrata), realizar a explicação do que é uma poesia abstrata, em seguida eles (as) deverão escrever em uma folha somente seu nome e um parágrafo relacionado aos sentimentos por eles vividos durante este momento de suas vidas, após as professoras-acadêmicas recolherão as folhas e farão uma redistribuição das mesmas, as quais deverão ser trocadas entre todos (as). Ao final será feita a leitura das poesias onde cada um poderá relatar como foi à experiência de escrever e alguém continuar sua escrita.
Para finalizar a oficina será entregue um questionário onde eles deverão responder questões formuladas pelas acadêmicas para que seja avaliado o trabalho realizado neste dia.

Todas as atividades serão anexadas ao portfólio para que eles façam uma análise do percurso realizado na oficina proposta.









Referências:

KANDINSKY, Wassily. Do Espiritual na Arte/Wassily Kandinsky; [tradução Álvaro Cabral] – 2ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 1996.

GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação: a construção biofísica, linguística e cultural da simbologia das cores/Luciano Guimarães. – São Paulo: Annalube, 2000.

DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual/Dondis A. Donis; [tradução Jefferson Luiz Camargo] – 2ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 1997.

ÁRGAN, Giulio Carlo, 1909 – 1992. Arte Moderna/Giulio Carlo Árgan: [tradução Denise Bottmann e Frederico Caratti] – 2ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

KRAUBE, Anna-Carola. História da Pintura: Do Renascimento aos nossos dias; [tradução do alemão: Ruth Correia e Miriam Tomás-Medeiros] – 2000.

PROENÇA, Maria das Graças Vieira dos Santos. História da Arte. São Paulo: Ática,1998. 



ARAGÃO, Janaina de Sousa. Metodologia e Conteúdos Básicos de Comunicação e Artes - Associação Educacional Leonardo DA Vinci (ASSELVI). – Indaial: Ed. ASSELVI, 2007.

MONDRIAN, Piet. Plastic art and pure plastic art and other essays, 1914-43. 3.ed. New York: Witttenborn, Schultz, Inc., 1951, 64 p. il. p&b.

PAPE, Lygia. Lygia Pape, entrevista a Lucia Carneiro e Ileana Pradilha. Rio de Janeiro: Lacerda Editores, Centro de Arte Hélio Oiticica, 1998, 81 p. (Coleção Palavra de Artista)

SCHAPIRO, Meyer. Mondrian, a dimensão humana da pintura abstrata. São Paulo: Cosac & Naif, 2001. 96 p. il. p&b. color.

SEUPHOR, Michel. Piet Mondrian, as vie, son oeuvre. Paris: Flammarion, 1956, 444p. il.p&b. color.

MONDRIAN e a pintura Abstrata. Tradução: Sheila Mazzolenis. 1ª ed. São Paulo (1991).





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