TEMA: “UMA DIFERENTE FORMA DE OLHAR ATRAVÉS DO ABSTRACIONISMO”
CONTEÚDO:
Abstracionismo
JUSTIFICATIVA:
O
mundo é repleto de símbolos e significados que possibilitam grandes descobertas
em qualquer fase da vida. A arte possibilita o desenvolvimento de atitudes
essenciais para o indivíduo como o senso crítico, a sensibilidade e a
criatividade. No processo de aprendizagem em Artes Visuais, o aluno exterioriza
seu mundo interno, sua personalidade e seu modo de ver e de sentir as coisas.
Ele traça um percurso de criação e construção individual que envolve escolhas
experiências pessoais, aprendizagens, relação com materiais e sentimentos. A
criação é objeto do aluno, mas cabe ao professor alimentar as criações do mesmo
de forma intencional, oferecendo propostas e experiências variadas.
Na atualidade,
apesar de vivenciarmos essas transformações da pintura, notável se faz a
existência de um preconceito com relação às pinturas abstratas por parte da
maioria dos alunos que as vêem comumente, como obras sem sentido, fáceis de
fazer, sem significado e/ou como algo distante de sua realidade. O mesmo ocorre
com as crianças pequenas que não têm muito contato com obras de arte, as quais parecem
apresentar dificuldades de leitura e intepretação.
É
importante trabalhar o abstracionismo com as crianças desde a Educação
Infantil, orientando a apreciação para que todos ampliem seu repertório e
conheçam as variedades de representações artísticas. Com os pequenos, o foco
deve ser direcionado para os procedimentos, destacando também as formas e as
ferramentas adotadas pelos artistas para produzir as obras, assim como a
quantidade de tinta utilizada o percurso da pintura e os sentimentos causados por
ela. É papel do educador instigar a turma a pensar e a fazer comentários sobre
isso.
OBJETIVO GERAL:
Ampliar o
conhecimento de mundo, comunicar e expressar pensamentos e sentimentos por meio
de expressões abstratas dentro das artes visuais.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·
Conhecer as criações artísticas deste
estilo e a biografia do artista escolhido: Wassily Kandisnski;
·
Desenvolver sua criatividade através
dos sentimentos proporcionados pela pintura abstrata;
·
Expressar-se livremente através
da pintura;
·
Aprender a valorizar o fazer artístico;
·
Trabalhar de acordo com suas
necessidades, interesses e ritmo próprio;
·
Compreender a importância de se
produzir um trabalho original e não cópias;
·
Produzir sua própria obra de
arte.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
O abstracionismo, inaugurado por
Kandinsky por volta de 1910, tem como pressuposto básico a realização de uma
arte independente do mundo externo e da realidade visível, ou seja, uma obra
composta apenas por elementos puros, como as formas, as linhas e as cores. Também
chamado de “arte abstrata”, este movimento se desenvolveu em várias vertentes,
até passar a ser o traço predominante de toda produção artística realizada ao
longo do século 20.
O abstracionismo contrapôs uma recusa
radical a qualquer espécie de representação. Em outras palavras, não se tratava
mais de ver os objetos do mundo com novos olhos, mas de criar um universo à
parte, uma realidade autônoma, criada pelo próprio artista. Era isso o que
Kandinsky queria dizer com uma de suas frases mais célebres: "Criar uma
obra de arte é criar um mundo".
Wassili
Kandinsky (1866 - 1944), é considerado pioneiro na realização de pinturas
não-figurativas com Primeira
Aquarela Abstrata (1910) e a série Improvisações (1909/1914). O próprio Kandinsky conta, com simplicidade,
como chegou à pintura abstrata. Entrando certa vez no atelier deu de olhos num
quadro de sua autoria, colocando de tal maneira que não percebeu de imediato o
conteúdo, isto é, aquilo que o quadro figurativamente representava. Percebeu
apenas a forma, entendida, no caso, como as linhas e cores, sem representação
figurativa. Sem nada representarem figurativamente, as cores e linhas do quadro
lhe pareceram dotadas de particular e intensa beleza. Corrigindo a posição do
quadro e percebendo agora o conteúdo, verificou que as linhas e cores perdiam a
particular e intensa beleza, que antes possuíam. Esse fato banal intrigou
Kandinsky, estudioso de teosofia e inclinado às especulações do conhecimento
supra-sensível. A propósito, fez inteligentes observações reunidas em livro - O
Espiritual na Arte. Observou, entre outras coisas, que uma forma e uma cor
vermelha, sem qualquer representação das realidades visuais, isto é, sem
conteúdo, podem nos despertar ou comunicar as mesmas sensações e sentimentos
quando reproduzem o telhado de uma casa, a saia de uma camponesa ou o manto de
um antigo soldado romano. Podem nos sugerir sentimentos de calma ou de
agitação, energia ou brandura, movimento ou imobilidade, etc., com a mesma
eloqüência das formas figurativas.
Observou ainda Kandinsky que as formas e
cores abstratas se dirigem mais à nossa percepção sensível do que à nossa
percepção intelectual. Desse modo, mesmo um analfabeto pode sentir e não
entender uma pintura abstrata, pois ali nada existe para 'entender' no sentido
comum desta palavra. Desta forma, sentida por todas as pessoas,
independentemente de seus níveis culturais, dizia Kandinsky ser a pintura
abstrata linguagem por excelência universal de comunicação. Finalmente,
Kandinsky observou que a pintura abstrata, nos desperta sentimentos, reações e
associações de idéias mais livres, variadas e múltiplas. Diante de um quadro
abstrato, a sensibilidade de cada um reage com liberdade, à sua maneira,
peculiar, ao passo que na pintura figurativa a sensibilidade fica presa ou
dirigida pelo que está realisticamente sem vibração.
DESENVOLVIMENTO:
Estratégias e recursos
da aula
·
Antes de iniciar a atividade é
preciso conversar com os alunos, apresentar o artista compartilhar os
fundamentos teóricos sobre o tema: “abstracionismo”, ou pintura abstrata.
Questionar as crianças sobre as características do estilo da pintura abstrata
que tem em sua composição, linhas, cores, formas geométricas e diferentes
texturas, quais sentimentos elas lhes causam;
1- Colocar uma música agradável e apresentar
algumas imagens de obras abstratas para as crianças apreciarem e fazer os
seguintes questionamentos:
·
Quais as cores mais usadas pelo
artista?
·
Qual o tema escolhido pelo
artista?
·
Quais as formas usadas na obra?
·
Que sentimentos as obras causam
nelas (crianças)?
·
Em seguida explicar as etapas
para a realização da atividade;
·
Organizar a turma em grupos de
trabalho.
2-Dividir a cartolina, traçando
um quadriculado de acordo com o número de alunos, (os quadros deverão ter o
tamanho de meia folha de ofício). Numerar os quadros de acordo com o número de
alunos (pode escrever o nome de cada aluno no seu pedaço)
3-Desenhar com o pincel atômico
preto, uma linha, podendo ser, curva, reta, sinuosa ou formas geométricas, no
lado da cartolina em branco.
4 - Recortar o quadriculado da
cartolina, em seguida, distribuir os quadrados para todas as crianças pintarem.
5 – No dia seguinte, distribuir
na roda os trabalhos de cada criança, elas deverão apreciar as pinturas dos
colegas. Em outra cartolina, orientando as crianças na colagem coletiva. Elas
devem colar um quadrado ao lado do outro, seguida a sequência do número do seu
cartão. Ao final estará pronto o painel coletivo e poderá ser exposto na sala
ou em outro local.
6-Nessa aula as crianças irão montar o painel.
Material Necessário:
1-
Cartolina branca (uma ou duas
folhas, de acordo com o número de alunos).
2-
Tinta guache, várias cores
incluindo o branco, caso necessite clarear um tom de cor.
3-
Pincéis chatos, grossos,
médio e fino.
4-
Pote para colocar as tintas.
5-
Deposito com água para lavagem de
pincéis a cada mudança de cor.
6-
Retalhos de tecidos para enxugar
os pincéis.
7-
Pincel atômico preto;
8-
Cola;
9-
Tesoura;
10-
Aparelho de som;
11-
CD de música de preferência
instrumental.
CULMINÂNCIA
Exposição do Painel montado com os trabalhos de todas as crianças.
CRONOGRAMA:
04 Aulas de no mínimo 50 minutos cada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Kandinsky, Wassily. Do Espiritual na Arte. São Paulo:
Martins Fontes, 1996,
Kandinsky, Wassily. Ponto e Linha sobre o Plano. São Paulo:
Martins Fontes, 2000.
Kandinsky, Wassily. Olhar sobre o Passado. São Paulo:
Martins Fontes, 1991,
FUSARI, M. R.; FERAZ , M. Metodologia do Ensino de Arte. 2ª
Ed. São Paulo: Cortez, 1993
SOUZA, A.C. Coleção Novos
Caminhos - Formação Continuada na Sala de Aula:
Música, Movimento e Artes visuais. São Paulo: Difusão Cultural do Livro, 2006.
Amei,alcancei meu objetivo com este texto!
ResponderExcluirAmei,alcancei meu objetivo com este texto!
ResponderExcluir